terça-feira, 17 de setembro de 2013

Em pé: Helder, Wallason, Luiz, João, Zé, Kétia, Thaís, Sândia.
Agachados: Marielle, Rayza, Tiago e Juliane.  
 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A VIDA EM TRÊS VÁRIOS TONS DE CINZA
 

Pintam-se três tons de cinza,
onde a vida se mostra andando, seguindo, sentindo, indo... 

Na atmosfera dúbia e fronteiriça entre uma estepe e uma geleira,
segue o rio vagueando pelas ondas e margens que a terra lhe impõe. 

No cenário agreste e sertanejo no mesmo instante em que a chuva beija o chão seco,
vão caminhantes, peregrinos e retirantes sob as lágrimas da terra, buscando não mais guardar o tesouro que não possuem. 

Na imagem velha de uma sociedade moderna e veloz,
transeuntam trabalhadores no breve estar passando de uma loca Maria que motiva e passa e fica. 

O resumo da estória é: 

Mesmo com a dança das águas rebolantes em meio aos vales que tentam represar,
mesmo com a queda brusca das gotas pluviais que buscam apagar o fogo da terra seca mãe,
mesmo com a estúpida rapidez do progresso que pretende abreviar as distâncias e os tempos, 

ainda há um beijo do sol nos altos montes gelados que faz derramar vida por toda a terra,
ainda resta um chão com sede que bebe porque a bebida dos céus oferecida é retribuição pela quentura do seu ar que sobe,
ainda permanece um coração pulsando dentro da armadura férrea arquitetada para o robô do futuro, 

pois nem sequer o gelo, o sol, a chuva que cai,
ou a pedra, os trilhos ou o tempo que se esvai,
podem tirar o colorido da cinza vida,
que vai...

Helder Rocha
A EXISTÊNCIA
 

O rio segue o curso entre as montanhas e vales,
As pessoas vagueiam entre os lugares,
Os espaços vão sendo ocupados,
E o vazio embelezado...
 
Enquanto o trem libera sua fumaça,
Os trabalhadores constroem as praças,
E a chuva forma as enxurradas...
 
Os seres pensantes e observadores
Questionam o que tinha antes
E o que virá nos momentos posteriores... 

José Lobo
IMPESSOALIDADES
 

Eles vão...
O tempo vai...
A chuva cai...
Eles se protegem...
Mas alguém os veem...
Caminhando lentamente sob a chuva...
Pensando que vive, o homem vai...
A criança que brinca escondida observa
e a viúva vai ao lado da moça que não percebe...
mas o tempo vai passando...
Eles vão caminhando e pensando...
E pensando que pensam, vão passando...
Pensam que vivem pensando...
Vivem enquanto morrem...
No fim, pensaram e passaram...
E deles, ninguém se lembra...
Mas a imagem que ficou guardada
Mostra que um dia existiram
Mesmo que não sejam lembrados. 

Luiz Costa
FINAL DE TARDE 

Ela chegou de surpresa
Ninguém imaginou que viria,
Ainda mais na hora da saída.
Chegou preocupando a todos.
 
Marielle Leles Neves. 15.09.13
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
POEMINHA DE GENTE-BONSAI
 

Guarda-chuva,
guarda-roupa,
guarda-napo.
 
Meu avô,
quando comia,
limpava a boca na borda
da toalha da mesa.
 
Com ele
eu aprendi
que napo
é a borda
da toalha.
 
Rayza Lélis

 

 
Um tempo em branco e preto,
um mundo em construção,
um trem passa lá longe,
um homem com jornal na mão.
Uns prédios não muito altos,
uns ferros bem lá no chão,
um tempo lá no passado
que passa na estação.
Um mundo contemporâneo,
um tempo que ainda vivemos
não é mais preto e branco,
mas passa ainda bem lento. 

Sândia Fernanda